sexta-feira, 24 de setembro de 2010

27-07-2010 Vila Flor - Lourdes

A partida aconteceu pouco depois das 6 da manhã, em direcção a Macedo de Cavaleiros, e depois, Bragança. Em Bragança entrámos na cidade para levantarmos dinheiro numa caixa multibanco, que existe junto à porta do Hospital. Estávamos preocupados com a possibilidade dos cartões de débito não funcionarem.
Num supermercado que estava prestes a abrir, ainda comprámos água e pão.
Estava previsto percorrermos 823 quilómetros, demorando á volta de 9 horas. Este era o espaço e o tempo entre Vila Flor e Lourdes, em França.
Numa pesquisa na Internet sobre parques de campismo, acabei por escolher um “Le Vieux Berger”. Na fotografia por satélite eram visíveis muitas árvores e também se situa perto do centro da cidade.
Tudo correu sem problemas até Zamora. Nas mudanças de estrada o GPS revelou-se um instrumento extremamente útil. Foi a primeira viagem que fiz com um GPS, mas já não dispensarei no futuro.
Em Espanha pode circular-se sem grandes problemas a uma velocidade de 120 Km/hora, na E80 e E82. Só depois de Burgos é que a auto-estrada tem portagem. Como queríamos chegar o mais rapidamente possível, não evitámos as auto-estradas com portagens.
Perto de Castañares parámos numa estação de serviço para meter gasóleo. Comemos algumas sandes e seguimos viagem.
Na zona de Vitória e S. Sebastian a viagem foi bastante aborrecida. Eu já começava a sentir algum cansaço e os acompanhantes também. Ainda saí da rota duas vezes: uma em vitória (mas o GPS indicou-me o local onde podia fazer inversão de marcha e voltei rapidamente ao caminho certo); outra foi já perto da fronteira com França. É uma zona com muitas mudanças de faixa e havia muito trânsito. Por duas ou três vezes o GPS teve que recalcular o percurso.
Depois de entrarmos em França, todos ficámos mais tranquilos. O GPS indicava mais de 100 km sem mudanças de estrada. Ninguém estava com vontade de parar por isso só parámos quando chegámos a Lourdes. O GPS foi mais uma vez preciso, levando-nos sem mais demoras junto do portão do parque de Campismo.
O parque era diferente daquilo a que estamos habituados, mas não me surpreendeu. Tratava-se de uma ária de 5 há, de um campo relvado (um prado), com enormes árvores: tílias e cerejeiras, entre outras.
Os campistas eram poucos, 4 ou 5 somente. As estruturas de apoio também eram básicas: um edifício com casas de banho, chuveiros (com água quente) e lavatórios para a roupa e louça. Não havia mais nenhuma estrutura de apoio. A entrada, sem portaria, era por vezes assegurada por uma idosa também utente do parque. O “velho pastor” que já era filho do original, mas também já era velho, só aparecia de vez em quando.
Não eram condições muito acolhedoras, mas o espaço cativou-me. No fundo tinha tudo como eu imagino que deve ser o campismo, o mais próximo da natureza possível.
Instalámo-nos debaixo de duas enormes cerejeiras. Mais tarde apercebemo-nos de coisas que me tinham escapado: estávamos perto de uma estrada com bastante movimento e a estação dos caminhos-de-ferro não era muito distante (ouvia-se o barulho dos comboios durante a noite, sobretudo nas travagens).
Decidimos ficar. Depois da tenda montada, descemos a pé, até ao centro de Lourdes. A primeira impressão foi um pouco decepcionante porque estávamos à espera de um grande santuário e não encontrámos mais do que uma bonita igreja!
Testámos os cartões de débito, que funcionaram perfeitamente. Também os telemóveis (de diferentes redes) funcionavam bem., apenas tivemos que fazer algumas alterações nos números de telefone dos nossos contactos.
Para explorarmos melhor a cidade precisávamos de um mapa. Descobrimos o posto de Turismo, mas já estava fechado. Seria o primeiro lugar a visitar no dia seguinte.
Voltámos ao parque. Fizemos o jantar com géneros que trouxemos de Portugal. Tínhamos fogão e todos os instrumentos de cozinha de que necessitávamos (incluindo uma mesa e bancos).
No nosso passeio pela cidade surpreendeu-me o facto de não ver lojas onde fazer compras de géneros alimentares. Não havia mesmo onde comparar nada! Tínhamos de descobrir onde as pessoas se abasteciam. Estava convencido que seria na periferia da cidade.
Deitámo-nos cedo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rougon (01)

Uma das coisas mais espectaculares que se podem observar (e fotografar) na Provence francesa são os grandes campos de alfazema (também chamada lavanda, talvez por influência da designação francesa ou do seu nome científico). Cheguei um pouco atrasado, mas ainda pude encontrar algumas amostras da beleza que estes campos proporcionam, como a que esta fotografia mostra.
A fotografia foi conseguida na pequena vila de Rougon (Alpes-Côte d'Azur).

Ligações externas:

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Férias de Verão 2010 (00)

Os meses de Verão são, por norma, propícios para estar em família e para a realização de viagens. São também a altura que há mais disponibilidade para a prática de hobbies que, ao longo do ano, são mutas vezes adiados.
Este Verão tive a possibilidade de planear uma viagem que me proporcionou um pouco disto tudo: estar com a família, redescobrir ou conhecer lugares distantes e passear com os filhos e com a esposa. Foi também a oportunidade para fotografar alguns lugares especiais, que me proporcionaram alguns Momentos +.
Há anos que acalentava a ideia de levar os meus filhos a conhecerem algumas regiões do Sul de França que me marcaram na juventude. Trata-se de uma zona na Provence, que abrange território de Alpes de Haut Provence e do Var.
Pretendia também aproveitar a viagem de milhares de quilómetros para visitar alguns familiares em França, na cidade de Aix-les-Bains, em Miranda de Ebro (Espanha) e conhecer um pouco da região onde se inserem estas cidades.
A viagem tinha a duração prevista de 15 dias.
Intencionalmente não levei comigo um computador com ligação à Internet. Estes luxos levar-me-iam a manter os hábitos que pretendia parar, pelo menos durante algumas semana de Julho e Agosto.
Dada a quantidade de bagagem que preparámos, porque iríamos fazer campismo e apenas contávamos com a mala do carro para a transportar, limitei o meu equipamento fotográfico ao mínimo: uma reflex Canon 400D equipada com o Grip BG E3 para funcionar com as normalizadas pilhas tipo AA com uma objectiva Tamron de 18-270 mm. Para fazer pequenos vídeos e responder a alguma emergência levei também uma Panasonic DMC-TZ2. A minha principal preocupação prendia-se com a possibilidade de se poderem esgotar as baterias ou encher os cartões de memória, mas tudo correu bem.
Ao longo dos dias que durou a viagem fiz registos escritos (uma espécie de diário), mais ou menos extensos, em papel.
Dos vários milhares de fotografias que tirei (são 3 DVD’s cheios delas), há algumas que me deram muito prazer. São essas fotografias que pretendo partilhar neste espaço, juntamente com algumas linhas dos meus apontamentos diários, ao longo dos próximos tempos neste Blogue.

Para mim foram Momentos Mais.

Fotografias:
1 - Mapa geral da viagem.(cerca de 4200 Km)
2 - 27/07 Parque de Campismo (Lourdes; França)
3 - 01/08 Lavanda (Aiguines; França)
4 - 31/07 Lago Saint Croix (Les Salles; França)
5 - 10/08 Monte Branco (Chamonix; França)
6 - 14/08 Pancorvo (Espanha)